Diante da crise hídrica que se agrava, fazer o uso racional da água no local onde se vive é essencial
É notícia em todos os meios de comunicação: se a chuva não chegar logo, e com força, poderá haver racionamento de água em todo o DF já em outubro. Mas, para aqueles que têm como prática o uso consciente de água, o problema não terá o mesmo impacto.
Luíza Bautista é síndica há 16 anos no Lúcio Costa. Entre as medidas de economia de água adotadas em seu condomínio, está a leitura diária dos hidrômetros. Desta forma, quando há diferença, é mais fácil e rápido perceber se há vazamentos no prédio, tanto na área comum quanto nas unidades individuais.
Além do procedimento, uma vez por ano o condomínio se encarrega de verificar todos os apartamentos, fazendo um checklist do sistema de água. Neste momento, o profissional contratado observa as condições do tanque, das pias da cozinha e dos banheiros, dos chuveiros, dos vasos sanitários e dos rejuntes deste cômodo. Se algo precisa ser trocado, o condomínio, num primeiro momento, arca com as despesas e depois repassa o valor do serviço e do material aplicado apenas ao morador da unidade com problemas. “Desta forma há economia para o condomínio, comodidade para o condômino e evitam-se brigas entre moradores por causa de vazamentos. Tudo isso aprovado em assembleia”, afirma Luíza.
A atitude da síndica de verificar os hidrômetros é uma das dicas dadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) para economia de água. “Quem tem hidrômetro individual pode fechar todas as entradas de água da casa. Se o ponteiro do aparelho continuar girando, é porque há vazamentos”, explica Karina Bassan, engenheira química da Caesb. “Outra forma de achar vazamentos é observar as paredes e verificar se há a presença de bolor. Se houver, é possível que a água esteja escapando.”
A engenheira ressalta ainda outras atitudes para o uso consciente da água nos condomínios, especialmente com relação às áreas de lazer. Nas piscinas, a recomendação é mantê-las cobertas nos horários em que não há movimento. Esta ação diminui a evaporação de água no ambiente. “Se houver necessidade de esvaziá-las, deve-se usar a água para ajudar na limpeza do chão”, recomenda Karina. Nos jardins, o ideal é regar as plantas à noite ou nas primeiras horas do dia. Nestes horários a evaporação é menor.
Boa parte do gasto de água em um condomínio é usada na manutenção do paisagismo. Por isso, a recomendação da engenheira da Caesb é que se dê preferência às plantas nativas quando for decorar os jardins, já que são mais adaptadas ao nosso clima seco. Outras opções de economia estão no uso de plantas que exigem pouca irrigação, como as suculentas, e evitar grandes áreas gramadas, que necessitam de muita água para se manterem verdes.
O presidente do Sindicondomínio-DF, José Geraldo Dias Pimentel, lembra a todos os síndicos que Brasília está vivendo uma grave crise hídrica. “Os síndicos têm papel importantíssimo no combate ao desperdício deste bem tão valioso. Com ações simples, os gestores podem reduzir o consumo em seus condomínios e ajudar na conscientização dos condôminos para o uso racional da água nas unidades individuais.”
Assessoria de Comunicação
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Sindicondomínio-DF