Animais domésticos nos condomínios são, ao mesmo tempo, motivo de alegria para uns e de incômodo para outros. A sua presença nos condomínios é uma questão tão delicada que vem, há muitos anos, assolando as duas categorias de moradores: os incomodados e os acolhedores. Apesar disso, é possível promover uma convivência harmoniosa entre bichinhos de estimação e moradores.

Sortudo e Lili no condomínio do Lúcio Costa.

Sortudo e Lili no condomínio do Lúcio Costa.

No Lúcio Costa há um exemplo de que há maneiras de viver em paz com os animais. Há pouco mais de um ano, o gato Sortudo apareceu no condomínio e foi bem recebido por duas moradoras, que passaram a cuidar do bichano, provendo alimentação e cuidados como vacinação e vermifugação, enquanto buscavam seus donos. Como não conseguiram, adotaram o gato e promoveram a sua castração. O tempo passou e Sortudo encontrou uma parceira, Lili, que também foi morar no condomínio.

 

pug-1502562_1920É de conhecimento dos moradores a presença dos dois, sendo que a convenção deste condomínio já prevê a criação de animais nas unidades autônomas. “Sempre que atualizamos o cartão de vacina, tiramos cópia e colocamos no quadro de avisos, e a gente pede para os moradores não espantarem os bichos”, explica uma das moradoras que cuida dos animais, Luíza Bautista. De acordo com a condômina, não houve resistência dos outros moradores. “Os animais não dão trabalho, nem custo para o condomínio. Quem custeia os animais somos eu e outra moradora.”

Contudo, não é sempre que a relação entre humanos e animais é harmoniosa como no condomínio do Lúcio Costa. A diretora-geral da Associação Protetora dos Animais do DF (Proanima), Valéria Sokal, explica que, nestes casos, um dos modos de manter a boa convivência é ter sempre uma atitude cordial, tanto do morador incomodado, quanto do dono do animal.

Do lado dos donos de animais, há ações que podem ser realizadas para tentar diminuir os conflitos. Valéria indica que estes respeitem o espaço comunitário, sempre recolham as fezes e limpem os dejetos. Além disso, por mais que o animal seja manso, leve-o sempre na guia, porque pode ter alguém com medo, evitando assim constrangimentos. Como nos condomínios há locais onde convivem diversos animais, é importante manter os bichinhos sempre vacinados e vermifugados. “Quando o animal está em período de adaptação, converse com os vizinhos e explique a situação. Tente sempre manter uma atitude cordial”, exemplifica a diretora-geral. Do lado dos síndicos e dos outros moradores, é possível manter a convivência tranquila. “Sempre procure o diálogo, converse, tente entender o lado do outro”, indica Valéria Sokal. “O animal é companhia de muitas pessoas solitária”, ressalta.

Outra opção para manter a boa convivência tem sido aplicada por construtoras e incorporadoras desde a concepção dos projetos dos condomínios. Trate-se da criação de espaços voltados exclusivamente para os animais. Com os nomes de espaço pet, pet play ou pet care, estas áreas são um ambiente para cuidados e recreação dos bichinhos.

Para o presidente do Sindicondomínio-DF, José Geraldo Dias Pimentel, condôminos e síndicos devem sempre se esforçar para manter a boa convivência, já que isto se reflete diretamente na qualidade de vida dentro dos condomínios.

 

[Assessoria de Comunicação

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Sindicondomínio-DF]