A festa vai ficar para depois. Mas os 60 anos de Brasília merecem ser comemorados por cada um de nós que nasceu, vive e ama esta cidade linda, cheia de condomínios, com muitas oportunidades, repleta de brasileiros de todos os cantos, mas que já tem até sotaque próprio
São tempos difíceis, em que até os abraços e beijos devem ser evitados, mas que mostram a solidariedade da nossa gente. É por causa dessa força que a gente pode dizer de peito aberto: viva a história de Brasília.
Obra maior do então presidente Juscelino Kubitschek, do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lucio Costa, a capital do país é também patrimônio cultural da humanidade. Não à toa. Ela guarda obras únicas de Niemeyer espalhadas pelos traçados singulares de Costa, que a torna cidade-museu e, ao mesmo tempo, cidade parque. Cidade dos condomínios, com amplas avenidas e edifícios com dimensões contidas permitem aos que aqui vivem ou aos que chegam para conhecer o centro das decisões do país um encontro sem obstáculos com o firmamento, também chamado de mar brasiliense.
A solidão do Planalto Central ficou no discurso de JK. Hoje, o Distrito Federal abriga mais de 3,025 milhões de pessoas em seus 5,8 mil km². Cumpre o papel de irradiar decisões para todos os quadrantes brasileiros. É fonte de cultura não só pela mistura de raças de origens diversas, mas pela projeção conquistada pelos que aqui nasceram e foram reconhecidos pela arte, nos campos da música, do teatro, da literatura e, pela habilidade no cenário esportivo, então só podemos dizer viva essa história.