Bate-papo com a síndica Caroline Lima de Souza Sampaio

1-)Porque decidiu ser Síndica?

A oportunidade surgiu durante a assembleia, na época eu era a subsíndica, mas já tinha vontade de trabalhar diretamente na melhoria e conservação do meu patrimônio, pois o condomínio é a extensão do nosso lar.

2-) Como conciliar suas atividades, mais a de Síndica?

Com um bom planejamento, organização e muita disciplina.

3-) Como é ser Síndica?

Ser síndica aqui no meu condomínio é bem tranquilo, não temos muitos conflitos entre os moradores e as pessoas tem uma boa convivência, a responsabilidade é grande, mas o retorno é gratificante.

4-) Quando assumiu quais os problemas encontrados?

Falta de históricos, documentações importantes e a precária manutenção predial. O condomínio foi administrado durante muito tempo por imobiliária, que fazia somente o básico para o funcionamento, sem o devido acompanhamento e pericia. Quando os moradores assumiram o prédio muito precisou ser feito de imediato e enfrentamos muita burocracia para criar o condomínio, as gestões anteriores tiveram bastante trabalho na implantação do regimento e ajuste dos serviços.

5-) O que representava o maior problema?

As melhorias necessárias em curto prazo e a manutenção estrutural.

Para saber mais: https://bit.ly/2Orf86M

 

Academias tornam-se itens importantes para decisão de compra de imóveis

A tecnologia nos trouxe sim inúmeras facilidades e comodidades, mas também nos levou a uma perigosa rotina de sedentarismo. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgada neste ano, entre 2002 e 2016 a taxa de inatividade no Brasil cresceu 15%. O mesmo levantamento aponta que 47% dos brasileiros não se exercitam o suficiente. Mas essa mesma tecnologia também nos tornou multitarefa e hoje temos ainda mais atribuições sociais e profissionais. Com isso, mantemos um dia a dia frenético, principalmente no que diz respeito à necessidade de locomoção, já que precisamos, ao longo do dia, estarmos em muitos locais diferentes.

Dessa forma, ir a uma academia acaba sendo um compromisso difícil de se cumprir. Por esses e outros motivos as academias de condomínios caíram no gosto das pessoas, e hoje, construtoras e incorporadoras investem cada vez mais nesses espaços. Aliás, muitos empreendimentos na capital oferecem áreas voltadas à atividade física de dar inveja a muitas academias profissionais. Um exemplo é o projeto do Horizonte Flamboyant, empreendimento de luxo que será construído em Goiânia, no Jardim Goiás, entre o Parque Flamboyant e a Praça das Artes e que contará com um andar inteiro voltado para a prática de exercícios físicos.

Para saber mais: https://bit.ly/2JIfO6V

 

O síndico tem autoridade para “cortar água” de condômino inadimplente?

Decidimos em assembleia pelo fechamento das varandas dos apartamentos e o síndico apresentou uma empresa e disse que não posso fazer pesquisa de preços ou consultar um concorrente para fazer o serviço. Não estou de acordo com os valores apresentados pela empresa e quero saber se tenho ou não o direito de procurar, por conta própria, uma empresa que realize a obra dentro dos padrões acordados na assembleia? Daniel Maciel, Administrador

Com toda certeza, desde que o fechamento obedeça rigorosamente ao que foi decidido em assembleia. Essa atitude do síndico se mostra bastante arbitrária e sem nenhum amparo legal.

Moro em um edifício antigo, sem isolamento acústico, e uma vizinha tem alegado incômodo, dizendo que fazemos muito barulho. Na última semana, recebemos visitas e as queixas voltaram a acontecer. Agora o síndico está tentando mediar a situação, e propôs que nós avisemos quando formos receber visitas. Isso é permitido? Como posso recorrer, pois a situação está se tornando insuportável. Jacira Silva, Professora

Acho que a atitude do sindico é bastante louvável, desde que não tenha nisso nenhuma imposição. O diálogo é sempre a melhor maneira de convivência dentro dos condomínios. Não podemos pedir a convidados que não façam barulho, porém, existem muitas maneiras de minimizar esse problema nos prédios mais antigos.

O síndico tem autoridade para “cortar água” de condômino inadimplente? (Temos medidores individuais).  Marcelo Pedrosa, Estudante

Este ainda é um assunto bastante controverso. Se a cobrança está sendo feita pelo condomínio (a concessionaria só emite a fatura do consumo geral), infelizmente não existe fundamento legal para esse procedimento, isso é o mesmo que impedir o uso do elevador, por exemplo, o que é proibido.

Para saber mais: https://glo.bo/2DiBciZ

 

Serviço extra de funcionário a morador deve ser evitado

É comum hoje em dia que funcionários prestem pequenos serviços a moradores. A falta de tempo de buscar um profissional para resolver problemas do chuveiro ou de vazamentos, por exemplo, pode ser aliada ao conforto de ter alguém tão perto. Especialistas, porém, alertam dos riscos que essa gentileza pode acarretar para o condomínio. “Zeladores e faxineiros trabalham para o condomínio. Não devem fazer reparos remunerados dentro de unidades”, afirma o advogado Rodrigo Karpat, da Karpat Advogados.

“Esses trabalhos extras podem acarretar em passivos trabalhistas. Alguns condomínios toleram serviços fora do horário de trabalho, mas devem avaliar riscos”, diz. Karpat explica que há exceções. “Quando o zelador, em prol do condomínio, faz o reparo de um vazamento na privada, por exemplo, que poderia gerar uma conta de água mais elevada ao condomínio”, diz o especialista. A síndica profissional Tatiana Ramos adota a proibição desse tipo de trabalho, pelo risco de processo trabalhista.

“Mas varia de síndico para síndico. É muita responsabilidade. Mas essa questão pode ser deliberada em assembleia, por maioria simples. Porém, tem que estar ciente dos riscos”, afirma. Morando só com a irmã na Vila Mariana (zona sul), a analista de recursos humanos Cirlene Cardoso Freire, 46 anos, já precisou dos serviços do zelador do prédio. “Já tive problemas com a torneira e tive que pedir para consertar a válvula do chuveiro, desgastada. Mas foi fora do expediente, pois é uma regra do prédio”, explica.

Para saber mais: https://bit.ly/2OtQ5Aa

 

Previsão orçamentária de 2019 entra em pauta nos condomínios

Com a proximidade do final do ano, surge em pauta nos condomínios um tema determinante para o bom funcionamento do prédio: a previsão orçamentária. Este planejamento será o alicerce financeiro do empreendimento durante doze meses, e deve ser tratado com importância e cautela pelos síndicos.

“A previsão serve como um cronograma financeiro do funcionamento do condomínio no ano seguinte. Além disso, também valida o valor cobrado mensalmente. Ela vira um título para cobrança depois de ser aprovada em assembleia”, diz o presidente da Associação das Administradoras, Bens, Imóveis e Condomínios (Aabic), José Roberto Graiche Junior.

A previsão orçamentária nada mais é do que prever todas as despesas do ano seguinte. O montante projetado será dividido pelas unidades, levando em conta a fração ideal, e o resultado será a taxa condominial cobrada mês a mês.

O síndico Luís Roberto Brancaglion, de 62 anos, no quarto mandato de um edifício em São Bernardo do Campo, diz como faz a previsão: “No final do ano, em outubro ou novembro, já começamos a planejar. Tomamos como base os gastos do ano vigente para projetar para o ano seguinte. É uma análise criteriosa e feita com muito cuidado”.

Para saber mais: https://bit.ly/2Os8Vay