Aluguel cai, condomínio sobe e os preços quase empatam no DF

O preço do condomínio tem subido mais que o dos aluguéis. Em muitos casos, os valores chegam a quase empatar no Distrito Federal. Aumento de gastos com gás, luz, funcionários, segurança e manutenção tem feito com que os moradores de prédios desembolsem mais pela taxa condominial. De outro lado, os locadores não estão encontrando brechas para cobrar mais dos seus inquilinos.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, de julho do ano passado ao mesmo mês de 2018, os condomínios ficaram 4,6% mais caros no Distrito Federal. Em compensação, os aluguéis tiveram queda no preço de 1,18%.

Em uma pesquisa rápida na internet, é possível ver que os valores da taxa condominial e de locação tem se aproximado cada vez mais. Em um dos anúncios, um apartamento de três quartos e 100m², na 713 Norte, está sendo alugado por R$ 1,5 mil Se fechar o contrato, o morador pagará R$ 1,2 mil de condomínio.“Aqui há poucos apartamentos e os custos são rateados. Esse valor do condomínio inclui água. Além disso, os funcionários são contratados, não terceirizados”, explica o síndico, Pedro Ferreira.

O vice-presidente do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais Distrito Federal (Sindicondomínios-DF), Antônio Carlos Paiva, explica que a taxa mensal leva em conta as características do prédio e os custos. “A inflação no condomínio, de junho de 2017 a junho de 2018, foi de 10% por causa do aumento do gás”, afirma.

A professora aposentada Consuelo Pires, 58 anos, escolheu pagar um pouco mais no condomínio para alugar um apartamento espaçoso a preço mais baixo em Águas Claras. O valor, R$ 612, corresponde a 50% do preço do aluguel. O prédio, com 48 apartamentos, tem contratados três porteiros e dois auxiliares.

“Eu acho muito caro, apesar de já estar incluído o custo de água e gás. Porque o prédio não possui área de lazer. A vantagem é que são poucos apartamentos e a área do apartamento é maior”, ressalta.

Administrador de dois prédios da Asa Sul, Paulo Melo confirma que o preço dos condomínios está ficando salgado devido ao aumento de custos com energia, água e salários dos funcionários. “Nessa conta também entram os gastos com segurança e contratos de manutenção”, ressaltou.

Os aluguéis vêm na direção contrária. O presidente do Sindicato de Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), Ovídio Maia, atribui a diminuição do valor à instabilidade econômica, que dá margem para negociação.“Ter um bom inquilino é um bom negócio. Essa situação econômica faz com que as pessoas sentem à mesa e negociem. É o que tem ocorrido nos últimos anos. Segue a máxima da lei da oferta e da procura”, assinala. Muitas vezes, os locatários têm colocado um preço menor para conseguir fechar negócio. O corretor de imóveis Eduardo Ribeiro diz que, no Guará, por exemplo, um apartamento de dois quartos cujo aluguel foi avaliado em R$ 1,2 mil, está sendo anunciado por R$ 900. O preço do condomínio, neste caso, é de R$ 410, mas em um edifício sem nenhuma opção de lazer.

“O mercado está ruim. Com o condomínio mais alto, a proposta que os clientes fazem é a redução do valor do aluguel. Então, ou os proprietários diminuem ou eles (locatários) vão procurar outro lugar. Temos que fazer essa manobra”, afirma o corretor.

Para saber mais: https://www.metropoles.com/distrito-federal/aluguel-cai-condominio-sobe-e-os-precos-quase-empatam-no-df

 

Home office em condomínios: pode ou não pode?

A vida do trabalhador brasileiro sofreu vários impactos com a instabilidade econômica e política dos últimos anos e como alternativa ao desemprego, muitas pessoas passaram a trabalhar em suas casas. Empresas também têm aderido à prática com o intuito de diminuir os custos fixos e aumentar a satisfação dos funcionários no trabalho, principalmente, nas grandes cidades em que o trânsito “rouba” boa parte do tempo das pessoas.

Mas como fica essa situação de home office para quem mora em condomínio, pode ou não pode exercer alguma atividade comercial no local? Primeiro, vamos partir do princípio de que o direito de um termina quando começa o do outro e, por isso, é importante que não haja nenhum tipo de incômodo aos vizinhos, por exemplo, se sua atividade demanda muito tráfego de pessoas, o entra e sai de estranhos no condomínio possivelmente incomodará muita gente, pois interfere no nível de segurança local.

Outro ponto a ser analisado é a alteração da finalidade do imóvel, ou seja, se ele é residencial, não poderá ser usado unicamente como comercial. Este é o principal argumento do condomínio para coibir moradores de utilizar a área privativa de forma comercial, já que é proibido por lei ter essa mudança de uso local. Unidades residenciais são proibidas de se tornarem comerciais.

O segredo para quem trabalha no sistema de home office é evitar ao máximo qualquer possível desconforto aos demais moradores. Como falei acima, receber muitas pessoas na unidade, ter um barulho constante e, a pior das situações, usar as áreas comuns para o exercício do home office pode sim gerar muitos problemas, ainda mais se esse uso das áreas comuns resultar em um aumento nos gastos de energia ou água rateados pelos condôminos.

Para saber mais: https://intertvweb.com.br/imoveis-e-condominios/home-office-em-condominios-pode-ou-nao-pode/

Bate-papo com a síndica Thais Ivanki

Na 20° edição da série de entrevistas intitulada de BATE-PAPO COM SINDICO, conversamos com a Síndica Profissional, Administradora de Empresas e graduanda em Direito, Diretora Geral da Linear Administração e Presidente da ABRASSP seccional Pernambuco, Thais Ivanki. Ela administra os seguintes condomínios:  Vita Clube Recife, Rio Oiapoque, Berna e Veranno Classic, todos em Recife-PE. Veja abaixo as respostas dessa competente síndica profissional ao nosso portal.

1-) Porque decidiu ser Síndica?

Na verdade ser síndica foi uma consequência da área que atuo! Sou síndica a 14 anos quando ainda pouco se falava em síndico profissional. De lá pra cá Recebi alguns convites para auxiliar os Síndicos e neste ínterim, percebi em vários condomínios a carência dos empreendimentos na profissionalização da atuação, onde alguns Sindicos das gestões anteriores não cumpriam as previsões orçamentárias, utilizavam valores destinados a fundo de reserva ou taxas extras em itens de chamados no mercado “ perfumaria “ e que não estava previsto na competência em curso. E o primordial para tal decisão foi perceber que as manutenções preventivas e nem tão pouco a corretiva não estavam acontecendo levando o empreendimento a um poço sem fundo. E cá estou até hoje.

2-) Como conciliar suas atividades, mais a de Síndica?

Realmente costumo dizer que está e uma área em que só atua quem gosta! Porque você abre mão de muitas coisas , inclusive sua vida pessoal (risos).Temos que estar disponível para urgências nos finais de semana seja por questões estruturais ou até mesmo por problemas pontuais nas escalas funcionais dos colaboradores para cobertura e afins.

3-) Como é ser Síndica?

É um desafio diário, árduo mas extremamente Gratificante.

Para saber mais: http://www.cidadesecondominios.com.br/2018/08/bate-papo-com-sindica-thais-ivanki.html

 

Projeto criminaliza recebimento de comissão por síndico por contratos

A exigência por parte do síndico de comissões para a celebração de contratos de terceiros com o condomínio é corriqueira e deve ser combatida

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 9318/17, do deputado Rafael Motta (PSB-RN), que torna crime a exigência de comissão ou o recebimento de presentes em feituras de contratos por parte de síndicos de condomínios. A pena prevista é detenção de um a três anos e multa.

A proposta acrescenta um artigo à Lei do Condomínio (Lei 4.591/64).

 

Rafael Motta afirma que, embora possa parecer não usual, a exigência por parte do síndico de comissões para a celebração de contratos de terceiros com o condomínio é corriqueira e deve ser combatida.

“Na prática, os síndicos recebem pagamentos referentes ao seu trabalho e ainda exigem uma ‘comissão’, geralmente 10%, em cima dos contratos firmados com o condomínio. Normalmente os condôminos não sabem dessa prática e, quando sabem, nada podem fazer, uma vez que não existe dispositivo legal que a proíba”, diz.

Para saber mais: https://www.sindiconet.com.br/informese/contratos-superfaturados-noticias-juridico

 

Inadimplente não pode votar nas assembleias de condomínio

Justiça entende que o inadimplente não pode ter o mesmo poder de decisão que alguém que manteve seus vencimentos em dia

Com o crescimento do número de prédios e condomínios de forma concomitante à crise econômica e ao consequente aumento da inadimplência, é comum que o pagamento da taxa mensal de condomínio acabe sendo atrasado por algumas pessoas que passam por dificuldades financeiras.

No entanto, caso o indivíduo esteja inadimplente com o condomínio, mesmo que ela já tenha estabelecido um acordo e esteja realizando o pagamento das parcelas estipuladas na negociação, ele não tem direito de voto em assembleias.

De acordo com o advogado Eraldo dos Santos, presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Americana e especializado em direito condominial, a medida se dá pelo fato de que não é considerado certo que ele tenha o mesmo poder de decisão que alguém que manteve seus vencimentos em relação ao condomínio em dia.

Para saber mais: https://www.sindiconet.com.br/informese/pagando-acordo-noticias-juridico